terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vitória: Mumia Abu-Jamal não será mais executado


mumia abu jamalO ativista negro Mumia Abu-Jamal, ex-membro do grupo Panteras Negras, não será mais executado, informou nesta quarta-feira a Procuradoria da Filadélfia, no estado da Pensilvânia, após 30 anos de batalhas legais. Abu-Jamal foi condenado à pena de morte pelo assassinato do policial branco Daniel Faulkner em dezembro de 1981 e, após a decisão de hoje, cumprirá prisão perpétua, segundo as leis do estado da Pensilvânia.
Grupos de ativistas e defensores de direitos humanos haviam pedido a comutação da pena de morte de Abu-Jamal, já que o júri tinha sido condicionado durante o processo. O promotor encarregado do caso, Seth Williams, disse hoje que continuar pedindo a pena de morte para Abu-Jamal levaria o caso a uma "infinidades de anos de apelações".
Em outubro, a Corte Suprema dos EUA rejeitou um recurso da Procuradoria contra a sentença de um tribunal de apelações de 2008 que pedia um novo julgamento sobre o caso, já que o júri que condenou o réu recebeu pressões e instruções. No entanto, a Justiça americana manteve sua condenação por homicídio, mas reconheceu que o júri esteve condicionado durante suas deliberações.
MUMIA-ABU-JAMALJudith Ritter, advogada de Abu-Jamal, comemorou a decisão, já que "não há dúvidas que a justiça foi feita quando se rejeita uma sentença de morte de um júri desinformado". Abu-Jamal era taxista e locutor de rádio quando em 1981 se envolveu em uma troca de tiros com Faulkner em uma suposta disputa de tráfico.
Em suas quase três décadas na prisão, Abu-Jamal, alcançou a fama mundial devido aos ensaios que escreveu em sua cela contra a pena de morte e alimentou um movimento internacional por sua libertação.
Fonte: Terra

Fonte: http://www.geledes.org.br/atlantico-negro/afroamericanos/mumia-abu-jamal/12183-vitoria-mumia-abu-jamal-nao-sera-mais-executado

Seminário "Juventude Negra: Preconceito e Morte" - Profº. Dr. Kabengele Munanga


kabengele munangaPalestra do Profº. Dr. Kabengele Munanga, da Universidade de São Paulo, no Seminário Juventude Negra: Preconceito e Morte, realizado no Memorial da América Latina.


Fonte:  http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questao-racial/violencia-racial/12219-seminario-juventude-negra-preconceito-e-morte-prof-dr-kabengele-munanga

Outras impressões, manifestações livres sobre qualquer assunto - Dr. Sócrates


leno-f-silvapor Leno F. Silva para o Portal Geledés
Depois de pouco mais de uma semana do seu falecimento, o Dr. Sócrates já deve estar familiarizado com a sua nova morada. Um lugar calmo, com uma rotina fácil, sem grandes cobranças nem burocracias para serem respeitadas.
Mas para quem foi um centroavante revolucionário, co-liderou uma experiência única de gestão democrática num time de futebol e sempre usou de seu prestígio de atleta bem-sucedido para se engajar em causas políticas e públicas, nada será monótono.
Agora sem os compromissos aqui da terra ele terá mais tempo para filosofar, olhar pelos brasileiros e, quando possível, se posicionar a nosso favor naquela instância que responde, segundo dizem, pela administração da vida de todos nós, independente da nacionalidade.
Principalmente nesse momento histórico em que o país se consolidou como a 6ª economia do mundo e sediará dois dos mais importantes eventos esportivos do planeta: a Copa de Futebol da FIFA, em 2014 e as Olimpíadas de 2016, abuso dizer que o Magrão bem que poderia usar o seu poder de argumentação e se articular diretamente com Deus.
Com a sua consciência crítica e visão social, como já somos abençoados por "Ele", a partir de um estímulo perspicaz e da força de argumentação de quem, nas Diretas Já, declarou que não iria jogar na Itália se o Congresso Nacional aprovasse a emenda que daria ao povo o direito de eleger o seu presidente da república, teremos grande chance de receber o sinal verde para nos transformar numa nação digna para todos os brasileiros.
socratesNão será uma tarefa simples, visto que existem países em situações mais complexas. Mas somos a bola da vez e temos todas as condições para mudar a nossa história. Talvez seja por isso que o nosso querido Sócrates foi chamado tão cedo. Tem ainda muito gás e, por aqui, respeitabilidade e o apoio incondicional de milhões de Fiéis de todos os times. Afinal, como esportista e personalidade pública o herói do Corinthians foi e será para sempre o ídolo de todas as torcidas.
Força, Magrão, nessa sua nova trajetória. E se precisar de uma mãozinha para as suas novas tarefas, basta mandar um aviso para os milhões de cidadãos que permanecem, cada qual do seu jeito, conectados com você. Seja feliz e siga em paz! Por aqui, fico. Até a próxima.

Fonte: http://www.geledes.org.br/em-debate/leno-f-silva/12248-outras-impressoes-manifestacoes-livres-sobre-qualquer-assunto-dr-socrates

Luiz Silva Cuti: A empáfia do poeta Gullar

Desdobramento texto de Ferreira Gullar  - Preconceito Cultural. "Cruz e Souza e Machado de Assis foram herdeiros de tendências européias: não se pode afirmar que faziam literatura negra..." - Folha de São Paulo (Ilustrada) de 03/12/2011.
por Cuti enviado para o Portal Geledés
Por conta da publicação, em quatro volumes, da Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica, organizada pelos professores Eduardo de Assis Duarte e Maria Nazareth Fonseca, seja pela apresentação gráfica sofisticada da obra, seja pelo seu aporte crítico envolvendo profissionais de diversas universidades brasileiras e estrangeiras, a questão de ser ou não ser negra a vertente da literatura brasileira que compõe seu conteúdo tem trazido à tona manifestações que vão desde respeitosas e aprofundadas abordagens até esdrúxulos pitacos de quem demonstra sua completa ignorância do assunto, má vontade e racismo crônico. Neste último caso está o que publicou Ferreira Gullar, com o título "Preconceito cultural", no caderno Folha Ilustrada, do jornal Folha de São Paulo, de 04/12/2011.
O autor do Poema Sujo, no qual compara um urubu a um negro de fraque, deve estar estranhando (estranheza é a palavra que ele emprega) que o negro não é uma simples idéia desprezível, mas um imenso número de pessoas, cuja maior parte, hoje, não come carniça, e que aqueles ainda submetidos à miséria mais miserável jamais quiseram fazer o trabalho daquela ave, e que se a "a vasta maioria dos escravos nem se quer aprendia a ler", como diz ele, não é porque não queria. Era proibida. Há vários dispositivos legais e normas que comprovam isso. Havia uma vontade contrária. Há e sempre houve um querer coletivo negro de revolta contra a opressão racista.
Quanto a existir ou não literatura negro-brasileira, deixemos de hipocrisia. No mundo da cultura só existe o que uma vontade coletiva, ou mesmo individual, diz que sim e consegue vencer aqueles que dizem não. Foi assim com a própria literatura brasileira e os tantos ismos que por aqui deixaram seus rastros. Características, traços estilísticos, vocabulário etc, que demarcam a possibilidade de se rotular um corpus literário, no tocante à produção literária negra, já vem sendo estudados. Basta lembrar três antologias de ensaios: Poéticas afro-brasileiras, de 2002, com 259 páginas;
A mente afro-brasileira (em três idiomas), de 2007, com 577 páginas; Um tigre na floresta dos signos, de 2010, com 748 páginas, além de outras reuniões de textos, estudos, dissertações e teses. Por outro lado, se Cruz e Sousa e Machado de Assis, como argumenta Gullar "foram herdeiros de tendências literárias européias", e, portanto, "não se pode afirmar que faziam literatura negra", o que dizer de Lépold Senghor e Aimé Césaire, principais criadores do Movimento da Negritude, embora herdeiros da tradição literária francesa? A literatura não é só resultado de si mesma. Só uma perspectiva genética tacanha desconheceria outras influências do texto literário, tais como a experiência existencial do autor, sua formação política e ideológica, o contexto social, entre tantas mais. Nenhum escritor é obrigado a reproduzir suas influências.
A maneira como o tal poeta cita o samba, a dança, o carnaval, o futebol é aquela que simplesmente aponta o "lugar do negro" que o branco racista determinou, um lugar que serviu de "contribuição" para que os brancos ganhassem dinheiro, não só produzindo sua arte a partir do aprendizado com os negros, mas também explorando compositores diretamente e calando-os na sua autoafirmação étnica. Basta inventariar quantos grandes compositores negros morreram na miséria. A essa realidade o poeta chama de: "nossa civilização mestiça". Mas, pelo visto, a literatura, sendo a menina dos olhos da cultura, deve ser defendida da invasão dos negros. O escritor e crítico Afrânio Peixoto, lá no passado, deixou a expressão bombástica sobre a literatura ser "o sorriso da sociedade". Gullar não pensa isso, com certeza, mas em seus pobres argumentos está a ruminar que a literatura não pode ser negra. Talvez sinta que a negrura pode sujá-la, postura bem ainda dentro do diapasão modernista que abordou o negro pelo viés da folclorização.
A esquerda caolha e daltônica brasileira sempre se negou a encarar o racismo existente em nosso país. Por isso andou e anda de braços e abraços com a direita mais reacionária quando se trata de enfrentar o assunto. Para ela, a mesma ilusão dos eugenistas, tipo Monteiro Lobato, se apresenta como verdade: o negro vai (e deve) desaparecer no processo de miscigenação. Para alguns cristinhos ressuscitados dos porões da ditadura militar e seus seguidores sobreviveria e sobreviverá apenas o operariado branco. Concebem isso completamente esquecidos de que a cor da pele e traços fenotípicos estão inseridos do mundo simbólico, o mundo da cultura. No seu inconsciente, o embranquecimento era líquido e certo, solução de um "problema". Hoje, é provável que os menos estúpidos já tenham se deparado com as estatísticas e ficado perplexos. Gullar, pelos seus argumentos, se coloca como um representante da encarquilhada maneira de encarar o Brasil sem a participação crítica do negro. E, como é de praxe, entre os encastelados no cânone literário brasileiro, incluindo os críticos, não ler e não gostar é a regra. Em se tratando de produção do povo negro, empinam e entortam ainda mais o nariz. Devem se sentir humilhados só de pensar em ler o que um negro brasileiro escreveu e, no fundo, um terrível medo de verem denunciado o seu analfabetismo relativo a um grave problema nacional: o racismo, ou serem levados a cuspir no túmulo de seus avós.
Gullar  diz ser "tolice ou má-fé" se pensar um grande público afrodescendente como respaldo da produção literária negra. Será que ele algum dia teve em seu horizonte de expectativa o leitor negro? Certamente não, como a maioria dos escritores brancos. Isso, sim, é tolice, má-fé e, cá entre nós, uma sutil forma de genocídio cultural, próxima daquela obsessão de se matar personagens negros. E não adianta nesse quesito invocar um parente mulato como, em outros termos, fez o imbecil parlamentar racista Bulsonaro.
Antonio Cândido, em entrevista publicada na revista Ethnos Brasil, em março de 2002, com o título "Racismo: crime ontológico", fazendo sua autocrítica relativa à sua omissão, por muito tempo, do debate sobre a questão racial, argumenta que o "nó do problema" estaria "no aspecto ontológico", e prosseguindo: "está no drama, para o negro, de ter de aceitar uma outra identidade, renegando a sua para ser incorporado ao grupo branco." Façamos um acréscimo ao que disse o consagrado mestre. A questão racial é um problema ontológico no Brasil porque diz respeito também ao ser branco, pois o debate sobre o problema enfrenta a ilusão da superioridade congênita do branco, que o racismo insiste em manter cristalizada na produção intelectual brasileira. Ele, o branco, tem o drama de ser forçado a aceitar uma outra identidade que não aquela de superioridade congênita que o racismo lhe assegurou, de ser obrigado pelo debate a experimentar a perda da empáfia da branquitude, descer do salto alto. Aliás, o sociólogo Guerreiro Ramos nos legou um ensaio elucidativo do assunto, intitulado "A patologia social do branco brasileiro".
A produção intelectual não é tão somente uma exclusividade de brancos racistas, apesar de certa hegemonia ainda presente. Além de brancos conscientes da história do país, negros escrevem, publicam livros e falam não só de si, mas também dos brancos, dos mestiços e de todos os demais brasileiros. Quem não leu e não gostou dessa produção, em especial a do campo literário, já não está fazendo tanta diferença. A crítica binária,baseada no Bem X Mal, está enfraquecida. Um dos propósitos de seus defensores quando pensam negros escrevendo é o de tirar o entusiasmo dos filhos e dos netos daqueles que por muitos séculos lhes serviram a mesa e lhes limparam o chão e mesmo daqueles que ainda o fazem. A vontade coletiva negra está em expansão e não é só no campo literário. Assim, quando o poeta Ferreira Gullar diz que falar em literatura negra não tem cabimento, é de ser fazer a célebre pergunta: "Não tem cabimento para quem, cara-pálida?" A sua descrença no que chama de "descriminação" na literatura, crendo que ela não "vá muito longe" e gera "confusão" é o simples reflexo da baixa expectativa de êxito que a maioria dos brancos tem em relação aos negros, resultado dos preconceitos inconfessáveis, passados de geração para geração, para minar qualquer ímpeto de autodeterminação da população negra.
Para Aristóteles havia os gregos e o resto (os bárbaros). O branco brasileiro precisa superar este complexo helênico de pensar que no Brasil há os brancos e o resto (mestiços e negros). Tal postura é uma das responsáveis pelo descompasso da classe dirigente em face da real população. Certamente, essa é a razão de Lima Barreto, o maior crítico do bovarismo brasileiro, ainda ser muito pouco ensinado em nossas escolas. O daltonismo de Ferreira Gullar, advindo de um tempo de utopia socialista, hoje é pura cegueira. Traços físicos que caracterizam historicamente os negros não são
só traços físicos, como quer o articulista, mas representações simbólicas, por isso perfeitamente suscetíveis de gerar literatura com especificidades. Se o poeta não concebe negros possuidores de consciência crítica no país e as históricas particularidades de sua gente, devia fazer a sua autocrítica e não insistir na cegueira. Não dá mais para negar que a classe C está disputando também assentos no vôo literário, além dos bancos de universidades, nos shoppings e outros espaços sociais. E a população negra também faz parte dela. Quem não quiser enxergar vai continuar vivendo embriagado por esta cachaça genuinamente brasileira, produzida nos engenhos decadentes: o mito da democracia racial. Pena que alguns, de tão viciados, não largam a garrafa.

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Luiz Silva (Cuti), escritor, doutor em literatura brasileira.

Fonte: http://www.geledes.org.br/em-debate/colunistas/12190-luiz-silva-cuti-a-empafia-do-poeta-goulart

Estudante de direito acusada de racismo no Twitter é demitida

Estudante de direito acusada de ter iniciado a série de comentários preconceituosos contra os nordestinos no Twitter foi demitida do escritório de advocacia onde estagiava, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. Além de perder o emprego, Mayara Petruso pode também responder criminalmente pela mensagem racista.
Mais cedo, a Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco afirmou que pedirá ao Ministério Público Federal em SP, a abertura de uma ação penal contra Mayara.
No domingo a noite, após o resultado da eleição de Dilma Rousseff para presidência, Mayara Petruso postou no microblog: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”, frase que provocou dezenas de comentários a favor e contra a postura da estudante de direito. Logo depois, a estudante retirou o perfil de várias redes sociais como Twitter, orkut e faceboook, mas os internutas já haviam propagado a mensagem e perfil dela pela internet.

Presidente da OAB-SP repudia ofensas aos nordestinos no Twitter

O presidente da OAB-SP Luiz Flávio Borges D’Urso divulgou nota na tarde desta quinta (4/11), onde repudiou as declarações atribuídas à estudante de Direito Mayara Petroso que, na noite de domingo (31/10), após a divulgação do resultado das eleições presidenciais postou no Twitter e Facebook, mensagens ofensivas aos nordestinos.
orges manifestou solidariedade com os brasileiros do Nordestea e com a OAB-PE, que apresentou ação no Ministério Público Federal de SP. “Não podemos tolerar atitudes xenofóbicas, racistas, preconceituosas e intolerantes nas redes sociais. Insultar ou pedir a morte, de quem quer que seja, receberá nosso repúdio, especialmente vindo de uma estudante de Direito que, ao invés de buscar a paz social; por divergência política incitou outras pessoas ao ódio, cujo alvo foram os nossos irmãos do Nordeste”, afirmou D’Urso na nota.
Para o presidente da OAB SP, a veiculação desse tipo de ofensa é grave. “Que a reação generalizada de repúdio da sociedade brasileira sirva de exemplo a essa estudante e aos demais usuários dos sites de relacionamentos, para que tenham responsabilidade sobre as opiniões que expressam e o que escrevem”.
Fonte: Correio Braziliense
Fonte: http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/8235-estudante-de-direito-acusada-de-racismo-no-twitter-e-demitida

Nossos deputas e suas benesses, legais mas imorais.

Hoje soube que  nossos deputados estaduais, além de todos os benefícios inerentes ao cargo, desfrutam de um 15 (décimo quinto) salário.
Enquanto nós, pobres mortais, corremos o risco de perder o direito ao 13 (Décimo Terceiro). Cabe destacar que hoje dia 13/12/2011, tais politicos já receberam o 13 (décimo terceiro) e 14 (décimo quarto) salários, enquanto nós funcionários públicos, tampouco tivemos um parecer do estado sobre a data de tal pagamento.
Nossos legisladores instalam Tvs 3d na assembléia legislativa, fazem licitações para compra de  frigobares, a serem instalados em seus gabinetes, além de alugarem aviões e carros de luxo.
Me pergunto até quando sustentaremos tais indivíduos, que pouco legislam para o povo, além de tudo, tem o displante de dizer que não criaram as leis que legalizam tais benefícios vergonhosos, e que, em se tornando senadores, transformaram o senado e tais leis. Não conseguiram mudar a pouco vergonha, que caracteriza a realidade da Assembléia Legislativa do Paraná, mudaram o senado, ou serão mais do mesmo?

Tautê Frederico
13/12/2011 - 15:55

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Maioria dos deputados rejeita feriado de 20 de novembro

Pela quarta vez, integrantes do Movimento Negro vão à assembleia acompanhar a votação
Em meio às polêmicas do projeto das Organizações Sociais, voltou à discussão na sessão de hoje o projeto que institui o feriado estadual de 20 de novembro - Dia da Consciência Negra, de autoria do deputado Professor Lemos. Por 29 votos à 9, o projeto foi reprovado.
O líder do governo, Ademar Traiano, se posicinou contra a aprovação afirmando que isso iria contrapor a sanção de presidenta Dilma na semana passada. Ela aprovou o texto que continha o Dia Nacional da Consciência Negra, porém sem instituir o feriado, que foi retirado no Senado. "Mas isso não atrapalha o debate no estado. É um debate que está sendo feito mundo afora", argumenta Lemos lembrando que 2011 é o Ano Internacional da Afrodescendência. 
A lei já existe em oito estados e em diversas cidades do Paraná. "Lamentamos a postura dos deputados que se mostraram mais uma vez contra as demandas dos movimentos sociais", indigna-se Professor Paixão, secretário de Imprensa da APP e integrante do Movimento Negro.
Os servidores presentes apoiavam com aplausos as defesas ao projeto. Saiba mais sobre o caso:
31/10 - A votação foi adiada graças a um requerimento aprovado por 33 votos contra 10 - apenas a bancada do PT e três deputados do PMDB votaram para que o projeto prosseguisse. "Há um medo de vários parlamentares de se comprometer com a pauta do movimento negro, mas também não querem se indispor", analisa Luiz Carlos Paixão, secretário de Imprensa da APP-Sindicato.
26/10 - Os servidores do Paraná e integrantes do movimento negro saíram indignados da Assembleia Legislativa. A sessão não aconteceu porque só havia 16 deputados na casa - quando o mínimo exigido é de 18. Após quinze minutos de espera, o presidente da assembleia Valdir Rossoni (PSDB) decidiu suspendê-la. Foi a primeira vez que isso acontece neste ano. A prática habitual é esperar mais tempo, ainda mais porque muitos deputados estavam em seus gabinetes, apenas não marcaram presença.
24/10 - O documento foi devolvido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Isso graças a uma letra "i". No final no parecer do CCJ, em um erro de digitação, o relator escreveu "ilegalidade", ao invés de "legalidade". O próprio autor do texto, deputado Evandro Junior (PSDB) esclareceu que houve um engano, que sua opinião é pela "legalidade". Contrariando a posição e os argumentos dos defensores do projeto, o presidente da casa, Valdir Rossoni, decidiu reenviar o artigo para a CCJ.

Fonte: http://www.appsindicato.org.br/Include/Paginas/noticia.aspx?id=6651